Atualmente ser professor requer ter muitas outras habilidades e competências a mais que no passado.
Nosso contexto nos exige além do conhecimento, agilidade e preparo para transmiti-lo e compartilhá-lo com o outro.
As informações não chegam mais primeiro ao professor através de livros e palestras, por exemplo, elas navegam, fluem muito rápido através de vários meios de comunicações e tecnologias.
Podemos assim dizer que existe o professor antes e pós "google", "Wikipédia", "Youtube".
Realmente é imprescindível estarmos atualizados quanto às novas tecnologias de comunicação e informação. Ensinar também é organizar situações de aprendizagem (além de sala de aula, quadro negro, giz e livros) que favoreçam a compreensão desta grande complexidade social que estamos vivendo.
Conforme Antonio Nóvoa em entrevista para o "Portal Salto para o Futuro": "o professor hoje deve lidar com os saberes, as tecnologias e as complexidades e para acompanhar tais exigências deve estar sempre em formação continuada. Mas esta formação deve ser verdadeira para transformar-se em duas competências. Primeira, a organização da aprendizagem através de novos meios de informática, novas realidades virtuais, não basta somente o espaço da sala de aula. A segunda, a compreensão de conhecimentos, o professor é aquele que detém, reelabora, organiza, transmite, compartilha. Sendo assim surgirá um professor reflexivo, capaz de criar lógicas de trabalhos coletivos dentro das escolas, onde a reflexão proporcionará trocas de experiências, uma verdadeira partilha de saberes. Também existirá o professor pesquisador, ou seja, aquele que pesquisa e reflete sobre sua prática, sendo um indagador assume uma realidade escolar como um objeto de pesquisa, reflexão e análise".
Portanto, nós educadores deste século não podemos ser chamados de "analfabetos digitais", é inaceitável ignorarmos ou repudiarmos a internet e a influência que está gerando tanto em nossa vida pessoal como profissional. Devemos dominar e aplicar de forma consciente e responsável essas TICs em nossa rotina escolar, como mais um instrumento disponível para construirmos e compartilharmos conhecimentos com nossos alunos.
Sabermos usar, explorar o potencial e comentar sobre "emails", "twitter", "orkut","tumblr" "Blog" e "facebook" poderá nos levar a romper este grande abismo que existe muitas vezes entre nós professores e nossos alunos, podendo assim andarmos com eles no limite entre a vida real e a vida online.
O tempo nos exige mudanças, as pessoas aprendem de maneira diferente, a escola deve ser repensada e o professor deve se tornar diferente, ir em busca de formação, aprender tudo isso que está aí e que a cada dia que passa mais novidades vão surgindo e entrando em nossas vidas. Atualizar nos leva a lutar por remuneração digna, autonomia, reconhecimento, é valorizar-se.
Contudo não podemos esquecer que apesar de todas essas mudanças uma mantém-se com o passar dos anos, décadas e séculos: ser professor também é ter sensibilidade, como nos diz Rubens Alves:
"Educar é mostrar a vida a quem nunca viu.
A primeira tarefa da educação é ensinar a ver.
É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo.
A educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das sensibilidades. Sem a educação das sensibilidades todas as habilidades são tolas e sem sentido".
Lilian Rita Gewehr Tisott - Colégio Estadual PedroII.
Professora cursando TICs ( Tecnologias da Informação e Comunicação - NTE - 14ª Coordenadoria da Educação).